A Besta de Apocalipse 13:1-9 parte I
O profeta Daniel na época do cativeiro em Babilônia teve sonhos e visões de sua cabeça.
Estes sonhos eram a revelação divina das coisas que aconteceriam desde sua época até a vinda do Mashiach (Messias) no fim dos dias.
E então Daniel tratou de escrevê-las e relatar a suma das coisas.
Para nós isto tem alguma importância? É obvio que tem, a Bíblia diz que a profecia é como luz que alumia em lugares escuros. II Pedro1:19 E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em vossos corações.
Amigos leitores, e estudantes da palavra de Hashem (Eterno) se nos descuidamos, e não ficamos atentos iremos perecer junto com a multidão.
As profecias são muito importantes para nossas vidas, por elas podemos ser advertidos, e sermos capazes de entender o propósito de Deus para a humanidade.
As profecias como já falamos em outros estudos a grande parte delas é tratada simbolicamente, e esta também irá usar simbologia.
Obs. no versículo 9 tem uma advertência que diz: Apocalipse 13:9 Se alguém tem ouvidos, ouça.
Isso quer dizer, que nem todos estariam atentos as profecias, e por esse motivo, ai está o alerta para que não vivam enganados por vãs filosofias e vãos ensinamentos, e conseqüentemente perdendo a oportunidade de desfrutar da vida eterna no Olam Habá (o mundo vindouro).
Esta narrativa sobre a besta que subiu do mar tem alguma importância para nós, que importância ela tem para todos os povos, você já parou para refletir sobre o que a Bíblia diz?
Porque na introdução começamos o comentário falando sobre Daniel e sobre os seus sonhos, existe alguma coisa da profecia de Daniel relacionada com esta profecia de Yohanan?
Vamos ao assunto:
A Besta de Apocalipse 13:1-9
1 E eu pus-me sobre a areia do mar, e vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre os seus chifres dez diademas, e sobre as suas cabeças um nome de blasfêmia.
Em alguns exemplos sobre profecias vimos que águas (mar) significam povos, nações e línguas... No texto acima Yohanan (João) viu uma besta subir do mar, o que quer dizer isto? O significado de besta neste caso quer dizer um domínio, que se levantou ou nasceu no meio dos povos e que recebeu poderes (sete cabeças e dez chifres) como iremos ver mais abaixo, a narrativa continua dizendo: sobre os seus chifres dez diademas (lideres importantes = o império Romano na sua decadência depois do ano 476 A.D foram dominados pelos povos, a saber, Hunos, Francos, Burgúndios, Anglo-Saxões, Visigodos, Suevos, Lombardos e Ostrogodos).
Vamos conhecer um pouco da história; destes dez chifres.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Átila, o Huno (406 – 453), também conhecido como Praga de Deus ou Flagelo de Deus,[1][2] foi o último e mais poderoso rei dos hunos. Governou o maior império europeu de seu tempo desde 434 até sua morte. Suas possessões se estendiam da Europa Central até o mar Negro, e desde o Danúbio até o Báltico. Durante seu reinado foi um dos maiores inimigos dos Impérios romanos Oriental e Ocidental: invadiu duas vezes os Bálcãs, esteve a ponto de tomar a cidade de Roma e chegou a sitiar Constantinopla na segunda ocasião. Marchou através da França até chegar a Orleães, antes que o obrigassem a retroceder na batalha dos Campos Cataláunicos (Châlons-sur-Marne) e, em 452, conseguiu fazer o imperador Valentiniano III fugir de sua capital, Ravena.
Ainda que seu império tenha morrido com ele e não tenha deixado nenhuma herança notável, tornou-se uma figura lendária da história da Europa. Em grande parte da Europa Ocidental é lembrado como o paradigma da crueldade e da rapina. Alguns historiadores, por outro lado, retrataram-no como um rei grande e nobre, e três sagas escandinavas o incluem entre seus personagens principais.
Os francos formavam uma das tribos germânicas que adentraram o espaço do império romano a partir da Frísia como foederati e estabeleceram um reino duradouro na área que cobre a maior parte da França dos dias de hoje e na região da Francônia na Alemanha, formando a semente histórica de ambos esses países modernos.
O reino franco passou por várias partilhas e repartições, já que os francos dividiam sua propriedade entre os filhos sobreviventes, e como não tinham um senso amplo de uma res publica, conceberam o reino como uma grande extensão de uma propriedade privada. Essa prática explica em parte a dificuldade de descrever com precisão as datas e limites físicos de quaisquer um dos reinos francos e quem reinou sobre as várias seções. A retração da alfabetização enquanto os francos reinaram agrava o problema: eles produziram poucos registros escritos. Em essência, no entanto, duas dinastias de líderes sucederam uma a outra, primeiro os merovíngios e depois os carolíngios.
Burgúndios ("os Montanheses"), são um antigo povo de origem escandinava. No baixo Império Romano, instalaram-se na Gália e na Germânia na qualidade de foederati ("federados" em latim). Tendo procurado se estender na Bélgica, foram abatidos por Aécio em 436 e transferidos para Saboia. De lá, eles se espalharam nas bacias do Saône e do Ródano. Foram submetidos pelos francos em 532 e seu território foi reunido à Nêustria. Deram seu nome à Borgonha.
A tradição burgúndia da origem escandinava, encontra suporte na evidência dos topônimos e na arqueologia (Stjerna) e muitos consideram essa tradição como correta. Possivelmente, por que a Escandinávia estava além do horizonte das antigas fontes romanas, eles não sabiam de onde os burgúndios vinham, e as primeiras referências romanas os localizavam a leste do rio Reno. Fontes romanas antigas indicam que eles eram simplesmente outra tribo germânica oriental.
Aproximadamente em 300, a população de Bornholm (ilha dos burgúndios), desapareceu quase totalmente da ilha. Muitos cemitérios pararam de ser usados, e naqueles que ainda eram usados havia poucos sepultamentos.
No ano de 369, o imperador Valentiniano I, alistou-os para ajudá-lo na sua guerra contra as tribos germânicas, os alamanos. Nessa época, os burgúndios possivelmente viviam da bacia do Vístula, de acordo com o historiador dos godos. Algum tempo após a guerra contra os alamanos, os burgúndios foram derrotados em batalha por Fastida, rei dos gépidas, sendo subjugados, quase aniquilados.
Aproximadamente quatro décadas depois, os burgúndios reapareceram. Seguindo a retirada das tropas do general romano Estilicão para atacar Alarico I, os visigodos em 406-408, as tribos do norte cruzaram o rio Reno e entraram no Império Romano na Völkerwanderung, ou (migrações dos povos bárbaros). Entre elas estavam os alanos, vândalos, suevos e possivelmente os burgúndios. Os burgúndios migraram para oeste e se estabeleceram no vale do Reno.
Havia, ao que parece, naquela época um relacionamento amigável entre os hunos e os burgúndios. Era um costume huno entre as mulheres ter seu crânio alongado artificialmente por um amarrador apertado na cabeça quando a criança ainda era um bebê. Túmulos germânicos são às vezes encontrados com ornamentos hunos e também com crânios de mulheres alongados; a oeste do Reno apenas sepulturas burgúndias contém um grande número desses crânios (Werner, 1953).
Anglo-saxão é a denominação dada à fusão dos povos germânicos (anglos, saxões e jutos) que se fixaram no sul e leste da Grã-Bretanha no século V, e a criação da nação inglesa, para a conquista normanda da Inglaterra de 1066.[1] Em relação aos saxões, podemos dizer que eram um antigo povo da Germânia, habitantes da região próxima da foz do rio Álbis (atual Elba) e correspondente à atual região de Holstein na Alemanha. O indivíduo desse povo é o saxônico, saxônio ou saxão.
O Venerável Beda conta-nos em sua História Eclesiástica dos Povos Anglos, que, devido às dificuldades enfrentadas por Roma, as legiões romanas em 410 d.C. se retiram da Britannia. Seus habitantes celtas ficaram à mercê de inimigos escotos e pictos.
Uma vez que os celtas não dispunham de forças militares para defender-se, em 449 d.C., recorrem às tribos germânicas como jutos, anglos, saxões e frísios para obter ajuda. Estes, entretanto, de forma oportunista, acabam tornando-se invasores, estabelecendo-se nas áreas mais férteis do sudeste da Grã-Bretanha, construindo ainda mais vilas e aumentando a população local. Os celtas-bretões sobreviventes refugiam-se no oeste (Gales) e no sul (Cornwall).
Prova da turbulência e do descaso dos invasores pela cultura local é o fato de que quase não ficaram traços da língua celta na língua inglesa. Com o tempo, as línguas dos anglos e dos saxões deram origem ao inglês.
São os dialetos germânicos falados pelos anglos e pelos saxões que vão dar origem ao inglês. A palavra England, por exemplo, originou-se de Angle-land ("terra dos anglos"). A partir daí, a história da língua inglesa é dividida em três períodos: inglês antigo (Old English), inglês médio (Middle English) e inglês moderno (Modern English). A primeira metade do século V, quando ocorreram as invasões germânicas, marca o início do período denominado inglês antigo.
Os visigodos foram um de dois ramos em que se dividiram os godos, um povo germânico originário do leste europeu, sendo o outro os ostrogodos. Ambos pontuaram entre os bárbaros que penetraram o Império Romano tardio no período das migrações. Após a queda do Império Romano do Ocidente, os visigodos tiveram um papel importante na Europa nos 250 anos que se seguiram, particularmente na península Ibérica, onde substituíram o domínio romano na Hispânia, reinando de 418 até 711, data da invasão muçulmana, que substituiria o reino visigodo pelo Al-Andaluz
Alguns autores defendem a origem do nome "visigodo" na palavra Visi ou Wesa ("bom") e do nome Ostro, de astra (resplandescente).[1] Mas a opinião mais consagrada considera a origem da palavra na denominação de "godos do oeste", do alemão "Westgoten", "Wisigoten" ou "Terwingen", por comparação com os ostrogodos ou "godos do leste" — em alemão "Greutungen", "Ostrogoten" ou "Ostgoten"[2]
Os vestígios visigóticos em Portugal e Espanha incluem várias igrejas e descobertas arqueológicas crescentes, mas destaca-se também a notável quantidade de nomes próprios e apelidos que deixaram nestas e noutras línguas românicas. Os visigodos foram o único povo a fundar cidades na Europa ocidental após a queda do Império Romano e antes do pontuar dos carolíngios. Contudo o maior legado dos visigodos foi o Direito visigótico, com o Liber iudiciorum, código legal que formou a base da legislação usada na generalidade da Ibéria cristã medieval durante séculos após o seu reinado, até ao século XV, já no fim da Idade Média.
Os suevos (do proto-germânico *swēbaz, baseado na raiz proto-germânica *swe, "o próprio"[1]) foram um grupo de povos germanos, parte dos quais migraram à Hispânia durante as Invasões bárbaras, fundando um reino na antiga província romana da Galécia (actual norte de Portugal e Galiza) que duraria entre 409 e 585 d.C., data em que foi anexado pelos Visigodos.
Os suevos eram oriundos da região entre os rios Elba e Oder, na atual Alemanha. O historiador romano Tácito chegou a referir-se a todos os germanos do além-Elba como "suevos".
Parte dos suevos constituíram uma ameaça periódica contra os romanos no Reno, até que, no final do império, os alamanos, incluindo elementos dos suevos, quebraram as defesas romanas e ocuparam a Alsácia, e desde lá a Baviera e a Suíça. Uma parte deles permaneceu na Suábia (uma área no sudoeste da atual Alemanha, cujo nome moderno deriva do nome antigo), enquanto os migrantes estabeleceram um reino na Galécia.
Os suevos chegaram à península Ibérica em 409, juntamente com outros invasores germânicos – vândalos, búrios e com os alanos (não-germânicos) e mais tarde os visigodos, numa migração desencadeada pela fuga à destruição causada pelos hunos entre os anos 372 e 375. Os suevos cruzaram os Pirenéus e fundaram um reino, com capital em Bracara Augusta, o qual, na sua máxima extensão, englobava a totalidade da província da Galécia e a parte norte da Lusitânia, até ao Tejo. O território mais a sul foi ocupado pelos visigodos. Os suevos instalaram-se principalmente em torno de cidades como Bracara Augusta (Braga), Portus Cale (Porto), Lucus Augusta (Lugo) e Asturica (Astorga).
Em 438 o rei suevo Hermerico ratificou a paz com os povos galaicos e, cansado por uma vida de lutas, já que comandava os suevos desde quando estes entraram na Península Ibérica, abdicou em favor de seu filho Réquila I.
Em 448 Réquila morreu, deixando um estado em expansão a seu filho Requiário que, sendo católico, impôs este credo à população sueva. A população urbana da Galécia era já predominantemente católica. A cidade de Braga como capital do reino suevo e sede episcopal ganhou grande importância, a qual ainda hoje é visível no carácter metropolita da su Cerca do ano de 417, os alanos invadiram os territórios dos Suevos, empurrando estes até à margem direita do rio Douro, onde hoje se situa a cidade do Porto. Os alanos não conseguiram, apesar de muitos esforços, conquistar a cidade, sendo posteriormente expulsos pelo povo suevo, com o apoio dos romanos. Hermerico, o rei suevo, estendeu os muros do castelo, que fundara no morro da Pena Ventosa (onde actualmente se ergue a Sé), edificando à sua volta casas para as tropas. A este burgo foi dado o nome de Cale Castrum Novum (castelo novo de Cale) adquirindo a denominação de civitas. Ao fundo desse morro existia o Portus Cale (porto de Cale, actual Ribeira), que deu origem ao nome Portucale, nome esse dado ao castelo novo, e que ficaria a designar a cidade a partir dos finais do século IV. O castelo antigo ficava do outro lado do rio Douro, no local de Vila Nova de Gaia, posto de defesa avançado de Cale.
Em 456 Requiário I morre e vários pretendentes aparecem, agrupados em duas facções. Nota-se uma divisão marcada pelo rio Minho, provavelmente um reflexo das duas tribos, quados e marcomanos, que constituíam a nação sueva na Península Ibérica.
Em 585 os visigodos destroçaram os suevos e capturaram seu rei, Andeca. O reino suevo foi anexado pelo Reino Visigodo de Toledo, mas provavelmente subsistiu um certo grau de autonomia. Segundo as crónicas de Afonso III, enquanto Égica governava o reino dos godos Vitiza governava o reino dos suevos.[2]
Os lombardos ou longobardos (em latim: langobardi, "os de barba longa") Os lombardos falavam um idioma germânico extinto do qual restam poucas evidências, Os lombardos ou longobardos (em latim: langobardi, "os de barba longa") eram um povo germânico originário no Norte da Europa que colonizou o vale do Danúbio e, a partir dali, invadiu a Itália bizantina, em 568, sob a liderança de Alboíno. Lá estabeleceram um Reino Lombardo, posteriormente chamado de Reino Itálico (Regnum Italicum), que durou até 774, quando foi conquistado pelos francos. Sua influência na geografia política italiana fica evidente na denominação regional da Lombardia.
Invasão e conquista da península Itálica
Em 560, um novo e enérgico rei surgiu: Alboíno, que derrotou seus vizinhos, os gépidas, tornando-lhes seus vassalos, e casou-se, em 566, com a filha de seu rei Cunimundo, Rosamunda. Na primavera de 568, Alboíno liderou os lombardos, juntamente com outras tribos germânicas (bávaros, gépidas, saxões[53]) e búlgaras, atravessando os Alpes Julianos com uma população de 400 a 500.000 pessoas, e invadindo o norte da península Itálica, após serem expulsos da Panônia pelos ávaros. A primeira cidade importante a ser tomada foi Forum Iulii (Cividale del Friuli), no nordeste da Itália, em 569. Lá, Alboíno fundou o primeiro ducado lombardo, que ele confiou a seu sobrinho, Gisulfo. Logo Vicenza, Verona e Bréscia caíram nas mãos germânicas. No verão de 569, os lombardos conquistaram o principal centro romano do norte da Itália, Milão. A região ainda estava se recuperando das terríveis Guerras Góticas, e o pequeno exército bizantino estacionado ali para sua defesa pouco pôde fazer. O exarca enviado à Itália pelo imperador bizantino Justino II, Longino, conseguiu defender apenas as cidades costeiras, que podiam receber auxílio da poderosa marinha bizantina. Pavia caiu após um cerco de três dias, em 572, tornando-se a primeira capital do novo reino lombardo da Itália. Nos anos seguintes, os lombardos foram rumo ao sul, conquistaram a Toscana e fundaram dois outros ducados, Spoleto e Benevento, confiados a Zoto, que logo se tornaram independentes e duraram mais que o reino do norte, sobrevivendo até o século XII. Os bizantinos conseguiram manter o controle da região de Ravena a Roma, ligadas por um corredor estreito que passava por Perugia.
Quando entraram na Itália, alguns lombardos ainda mantinham sua forma nativa de paganismo, enquanto outros eram cristãos arianos. Isto lhes colocou desde o início em más relações com a Igreja Católica. Gradualmente adotaram os títulos, nomes e tradições romanas, e converteram-se, parcialmente, à Igreja Ortodoxa, no século VII - não sem antes passar por uma longa série de conflitos étnicos e religiosos.
Todo o território lombardo estava dividido em 36 ducados, cujos líderes tinham sede nas principais cidades. O rei lhes governava, e administrava todo o território através de emissários chamados gastaldi. Esta subdivisão, no entanto, aliada à indocilidade independentista dos ducados, não conferiu unidade ao reino, tornando-o fraco se comparado aos bizantinos, especialmente depois que estes puderam se recuperar da invasão inicial. Esta fraqueza se tornou ainda mais evidente quando os lombardos tiveram de confrontar o poder crescente dos francos. Como resposta a esse problema, os reis gradualmente tentaram centralizar o poder. Acabaram, no entanto, perdendo definitivamente o controle sobre os ducados de Spoleto e Benevento no processo.
Domínio lombardo em sua maior extensão, sob Aistulfo e Desidério, por volta de 750-785.
As disputas religiosas permaneceram sendo uma fonte de conflito nos anos seguintes. O reino lombardo começou a se recuperar apenas sob Liutprando (rei a partir de 712), filho de Ansprando e sucessor do brutal Ariperto II. Liutprando conseguiu reconquistar um centro controle sobre Spoleto e Benevento, e, aproveitando-se das desavenças entre o papa e Bizâncio em relação à reverência aos ícones, anexou o Exarcado de Ravena e o ducado de Roma. Também ajudou o marechal franco, Carlos Martel, a rechaçar os árabes. Seu sucessor, Aistolfo, conquistou Ravena para os lombardos pela primeira vez, porém foi derrotado subsequentemente pelo rei dos francos, Pepino III, convocado pelo papa, e teve de abandoná-la. Com a morte de Aistolfo, Ratchis tentou novamente ser rei da Lombardia, sendo deposto no mesmo ano.
Após a derrota de Ratchis, o último lombardo a governar como rei foi Desidério, duque da Toscana, que conseguiu conquistar Ravena definitivamente, pondo um fim à presença bizantina no norte da Itália. Desidério decidiu reiniciar os conflitos com o papa, que estava apoiando os duques de Spoleto e Benevento contra ele, e invadiu Roma em 772, o primeiro rei lombardo a fazê-lo. Quando o Papa Adriano I convocou a ajuda do poderoso rei Carlos Magno, Desidério foi derrotado em Susa e sitiado em Pavia, enquanto seu filho Adalgis foi obrigado a abrir as portas de Verona para as tropas francas. Desidério se rendeu em 774, e Carlos Magno, numa decisão sem precedentes, adotou o título de "Rei dos Lombardos"; até então os reinos germânicos frequentemente conquistavam-se uns aos outros, porém nenhum conquistador havia adotado o título de rei de outro povo. Carlos Magno então separou parte do território lombardo e transformou-o nos Estados Papais.
A região italiana da Lombardia, que inclui as cidades de Bréscia, Bérgamo, Milão e antiga capital, Pavia, é um lembrete da presença dos lombardos na região.
Os primeiros indícios de uma religião lombarda mostram que eles veneravam originalmente os deuses germânicos do panteão de Vanir enquanto estavam na Escandinávia. Após se deslocar para a costa do mar Báltico, através do contato com outros povos germânicos, adotaram o culto dos deuses de Aesir, uma alteração que representou mudança cultural, de uma sociedade agrária para uma formada por guerreiros.
Após penetrarem em território panônio, os lombardos tomaram contato com um povo iraniano, os antigos sármatas. Deste povo, tomaram emprestado um antigo costume de simbolismo religioso. Uma longa vara, por exemplo, com uma figura de um pássaro em sua ponta - normalmente um pombo, derivado dos estandartes utilizados em combate, era colocado na frente dos lares pela família dos homens que morriam durante uma guerra distante e cujos cadáveres não podiam ser trazidos para serem velados e sepultados.
Os Vândalos eram uma tribo germânica oriental que penetrou no Império Romano durante o século V e criou um estado no norte da África, centralizado na cidade de Cartago. Os vândalos saquearam Roma no ano de 455, destruindo muitas obras primas de arte que se perderam para sempre.
Vandali era o nome latino dos wandeln, um povo germânico procedente da Escandinávia .
Uma das várias teorias sobre a origem do nome Andaluzia está ligado aos vândalos, que ocuparam a região (originalmente Vandalusia e depois Al-Andalus), na Espanha temporariamente antes de migrarem para a África.
Atualmente, vândalo é chamado quem destrói ou deprede bens públicos pelo único prazer da destruição ou aqueles que cometem ações selvagens e desalmadas. A acepção atual de vândalo no sentido de depredador provem do adjetivo francês ‘vandalisme’, cunhado em 1794 pelo bispo republicano Grégoire, para criticar os depredadores de tesouros religiosos [carece de fontes?].
Os vândalos foram identificados com a cultura Przeworsk no século III. Controvérsias envolvem as potenciais conexões entre os vândalos e outra possivelmente tribo germânica, os Lugii (lygier, lugier ou lígios). Alguns acadêmicos acreditam que ou Lugii era um antigo nome dos vândalos ou os vândalos eram parte da confederação lígia.
A similaridade de nomes sugere como terras natais para os vândalos na Noruega (Hallingdal), Suécia (Vendel) e Dinamarca (Vendsyssel). Supõe-se que os vândalos cruzaram o Báltico entrando nos territórios da atual Polônia em algum momento do século II a.C., e se fixaram na Silésia por volta de 120 a.C.. Tácito registrou a presença dos vândalos entre os rios Oder e Vístula na Germania no ano de 98, corroborado por historiadores posteriores. De acordo com Jordanes, eles e os rúgios foram deslocados com a chegada dos godos. Esta tradição apoia a identificação dos vândalos com a cultura Przeworsk, e desde então a cultura Wielbark gótica substituiu um braço daquela cultura.
Na Idade Média, havia uma crença popular de que os vândalos eram ancestrais dos poloneses. Essa crença teve origem provavelmente devido a dois fatores: o primeiro, por se confundir os vênedos com os vândalos, e o segundo, porque tanto vândalos como vênedos nos tempos antigos viviam nas áreas depois ocupadas pelos poloneses. Em 796, nos Annales Alamanici, pode-se encontrar um resumo dizendo: "Pipinus ... perrexit in regionem Wandalorum, et ipsi Wandali venerunt obvium" ("Pepino partiu à região dos vândalos, e os vândalos não se opuseram a ele"). Nos Annales Sangallenses, a mesma incursão (contudo, datada em 795) é resumida em uma pequena mensagem, "Wandali conquisiti sunt" ("Os vândalos foram conquistados"). Isto significa que os escritores do início da Idade Média deram o nome de vândalos aos ávaros.
Os vândalos se subdividiam nos Silingi e nos Hasdingi. Os Silingi viviam na região conhecida por séculos como Magna Germania, na atual Silésia. No século II, os Hasdingi, liderados pelos reis Raus e Rapt (ou Rhaus e Raptus), deslocaram-se para o sul, e atacaram inicialmente os romanos na região do baixo Danúbio, depois entraram num acordo de paz e se estabeleceram a oeste na Dácia (Romênia) e na Hungria romana.
Em 400 ou 401, possivelmente por causa dos ataques dos hunos, os vândalos juntos com seus aliados, (os alanos sármatas e os suevos germânicos), iniciaram o deslocamento para oeste sob o comando do rei Godgisel. Alguns dos Silingi se juntaram a eles depois.
Os vândalos viajaram para oeste margeando o Danúbio, mas quando eles alcançaram o Reno, encontraram a resistência dos francos, que habitavam e controlavam as possessões romanas no norte da Gália. Cerca de 20 000 vândalos, inclusive o rei Godigisel, morreram na batalha com os francos, mas com a ajuda dos alanos eles conseguiram derrotar os francos, e em 31 de Dezembro de 406, os vândalos cruzaram o Reno para invadir a Gália. Sob o comando do filho de Godgisel, Gunderico, os vândalos pilharam e saquearam seu caminho para oeste e para o sul através da Aquitânia.
Em outubro de 409, os vândalos cruzaram os Pirenéus penetrando na península Ibérica. Lá eles receberam terras dos romanos, como foederati, na Galécia (a noroeste) os Hasdingi, e os Silingi na Bética (no sul), enquanto os Alanos receberam terras na Lusitânia (a oeste) e na região em torno de Nova Cartago. Os vândalos Hasdingi foram derrotados pelos suevos e romanos nos montes "nervasi" . Gunderico e o seu exército fogem para a Bética, perseguidos pelos romanos, onde Gunderico se tornou rei dos Vândalos Silingi. Ainda, os suevos, que também controlaram parte da Galécia, e os visigodos, que invadiram a Ibéria antes, receberam terras na Septimânia (sul da França), esmagando os Alanos, dos quais os sobreviventes saudaram Gunderico como seu rei.
O meio irmão de Gunderico, Genserico, começou construindo uma esquadra naval vândala. Em 429, depois de se tornar rei, Genserico cruzou o estreito de Gibraltar e se deslocou a leste até Cartago. Em 435, os romanos lhes concederam alguns territórios no norte da África, e já em 439 Cartago caiu ante os vândalos. Genserico então transformou o reino dos vândalos e alanos num estado poderoso (a capital era Saldae, atual Bejaia, no norte da Argélia), conquistando a Sicília, a Sardenha, a Córsega e as Ilhas Baleares.
Os vândalos saqueando Roma.
Ver artigo principal: Saque de Roma (455)
Em 455, os vândalos tomaram Roma e saquearam a cidade por duas semanas, começando em 2 de Junho. Eles partiram com valores incontáveis. Em 468, resistiram ao ataque de uma grande frota enviada contra eles pelo Império Romano do Oriente.
Por volta do ano de 400, os vândalos já haviam sido cristianizados. Muitos, como os godos já o haviam feito, adotaram o Arianismo, uma corrente que negava a Santíssima Trindade, em oposição à principal corrente do Cristianismo do Império Romano.
As diferenças de visão entre os arianos adotada pelos vândalos e a principal corrente eram uma constante fonte de tensões no estado africano. A maioria dos reis vândalos, exceto Hilderico, perseguiu os católicos trinitários, assim como os seguidores do donatismo, outra corrente cristã. Embora o catolicismo fosse raramente proibido oficialmente (com os últimos meses do reinado de Hunerico sendo uma exceção), eles eram proibidos de fazer conversões entre os vândalos.
Reino vândalo e alano em 526 d.C.
Com a morte de Genserico em 477, seu filho Hunerico se tornou rei. O reinado de Hunerico foi mais notável por suas perseguições religiosas contra os maniqueístas e os católicos. Guntarmundo (486-496) buscou a paz interna com os católicos. No campo externo, o poder vândalo havia declinado desde a morte de Genserico, e Guntarmundo perdeu grandes partes da Sicília para os ostrogodos, e foi obrigado a se opor à crescente pressão dos mouros.
Os vândalos aliaram-se por casamento com os godos no reinado de Teodorico o Grande, rei dos ostrogodos e regente dos visigodos.
Hilderico (523-530) foi o mais amistoso dos reis vândalos em relação aos católicos. Contudo, ele tinha pouco interesse na guerra, deixando esse assunto para um membro da sua família, Hoamer. Quando Hoamer sofreu uma derrota contra os mouros, a facção ariana dentro da família real liderou uma revolta, e Gelimer (530-533) se tornou rei. Hilderico, Hoamer e seus parentes foram mandados à prisão.
O imperador bizantino Justiniano I declarou guerra aos vândalos. A ação foi liderada por Belisário. Tendo ouvido que a maior parte da frota vândala estava em combate numa revolta na Sardenha, ele desembarcou em solo tunisiano e avançou em direção de Cartago. No final do verão de 533, o rei Gelimer encontrou Belisário dezesseis quilômetros ao sul de Cartago na Batalha de Ad Decimum. Os vândalos estavam vencendo a batalha inicialmente, mas quando o sobrinho de Gelimer, Gibamundo, caiu na batalha, os Vândalos desistiram e fugiram. Belisário tomou Cartago enquanto os vândalos sobreviventes ainda lutavam.
Em 15 de dezembro de 533, Gelimer e Belisário novamente se enfrentaram em Ticameron, cerca de 32 quilômetros ao sul de Cartago. Novamente, os vândalos estavam vencendo mas falharam, dessa vez quando Tzazo, o irmão de Gelimer caiu na batalha. Belisário avançou para Hippo (atual Annaba, na Argélia), segunda cidade em importância do reino vândalo. Em 534 Gelimer se rendeu ao conquistador romano, pondo fim ao reino dos vândalos.
Os hérulos foram um povo germânico, originários do sul da Escandinávia. Invadiram o Império Romano no século III, provavelmente após ser expulso de sua região de origem. Segundo historiadores medievais, os hérulos junto com os godos participaram de varias expedições ao longo da costa saqueando os mares Negro e Egeu.
São mencionados pela primeira vez em fontes romanas do século III quando em 268 e 269 participaram de uma coalizão bárbara que reunia os pecinos e os carpianos, pequenas tribos germânicas, mas também os gépidas e sobretudo os godos. Este exército reunido, que contava com mais de 300.000 guerreiros (cifra certamente exagerada por cronistas romanos e gregos), atacou as forças do imperador Claudio II sobre o Danúbio. Fixaram-se na costa do mar Negro, onde foram dominados pelos ostrogodos e pelos hunos, entre os séculos III e IV. Alguns de seus integrantes emigraram para a Escandinávia e outros se envolveram como mercenários do exercito do Império Romano do Oriente.
Os ostrogodos eram um ramo dos godos, povo germânico que, segundo Jordanes, surgiu na região meridional da Escandinávia. Esse povo originalmente era um povo unificado mas acabou por dividir-se em dois ramos: visigodos (que significa "godos do oeste") e ostrogodos (que significa "godos do leste"). Nenhuma outra fonte primária menciona esta longa migração, que poderia ter-se iniciado no Báltico ou no Mar Negro e é possível que os godos tenham se desenvolvido como um povo distinto dos demais bárbaros nas fronteiras do Império Romano [1]. Os godos, segundo Jordanes, se distinguiam por usarem escudos redondos e espadas curtas e obedecerem fielmente a seus reis.
A única fonte da história inicial dos godos é a Getica de Jordanes (publicada em 551), um resumo de Libri XII De Rebus Gestis Gothorum,[2] história escrita por Cassiodoro, em doze volumes, por volta de 530. A obra de Cassiodoro perdeu-se e Jordanes nem mesmo deve tê-la em mãos para consulta, portanto esta fonte primária deveria ser considerada com cuidado. Cassiodoro estava no lugar certo para escrever sobre os godos, por ser ele um dos principais ministros de Teodorico o Grande, que certamente havia ouvido algumas das canções góticas que falavam de suas origens tradicionais.
Os ostrogodos surgiram na fronteiras do Império Romano a partir das invasões hunas na região do mar Negro. Até então visigodos e ostrogodos não haviam se dividido e estavam sob o poder do rei Hermenerico. Com as primeira invasões hunas o rei se suicidou e outros dois reis surgiram para sucedê-lo: Vitimiro (governou os ostrogodos) e Fritigerno (governou os visigodos).
Vitimiro foi eleito em um momento em que o povo ostrogodo vivia em uma situação muito precária tendo se suportar diversas derrotas frente aos hunos. Em 376, os ostrogodos sofreram uma derrota terrível, onde morreu o próprio Vitimiro. Como o filho de Vitimiro, Viderico, era uma criança, os generais Alateo e Safrax assumiram a regência até que ele cumprisse 21 anos. Após a derrota em mãos hunas, os ostrogodos dirigidos por Safrax e Alateo se dirigiram junto com os visigodos até o Dniestre, e mais adiante em direção ao Danúbio e ao Império Romano, porém outro grupo importante foi submetido pelos hunos.
Alateo e Safrax aderiram à revolta de Fritigerno e com ele participaram da Batalha de Adrianópolis em 378. Após esse período a única coisa que sabe sobre os três é que foram instalados junto com seu povo pelo imperador Graciano na Panônia. Até o ano de 453, as únicas referências aos ostrogodos são as informações das ajudas militares destes ao Império Huno, principalmente na Batalha dos Campos Cataláunicos (451).
Em 453, com a morte de Átila, os godos Valamiro, Videmiro e Teodomiro começaram uma revolta contra os hunos que acabaria causando em 454, com a Batalha de Nedao, a libertação do povo ostrogodo das mãos hunas. Em 454, os ostrogodos libertos foram junto dos três revoltosos para a Panônia onde formaram um reino ostrogodo. Esta região como já mencionado já estava sendo habitada pelos godos que fugiram dos hunos anos antes.
Valamiro, Videmiro e Teodomiro tornaram-se reis dos godos compartilhando o poder e o titulo.
Uma disputa relativa a certos impostos anuais levou Valamiro a dirigir um exército de ostrogodos contra Constantinopla (459 – 462), onde o imperador bizantino Leão I prometeu um pagamento anual de ouro para satisfazê-lo. Durante um ataque contra os citas, Valamiro caiu de um cavalo e morreu (465).
Após a guerra contra hérulos, gépidas e citas pelo controle da Panônia, Videmiro se dirigiu com uma porção de ostrogodos até a Itália, em 473. Ali, o imperador Glicério os aconselhou a dirigir-se a Gália junto com seus parentes visigodos.
Desde então, Teodomiro, que era o maior dos irmãos, ficou como único rei dos ostrogodos da Panônia.
Casou-se com Erelieva, com que teve dois filhos: Teodorico e Amalafrida. Quando Teodomiro morreu em 474, seu filho Teodorico o sucedeu como rei.
Não muito depois de Teodorico se tornar rei, ele e Zenão I concluíram um acordo que beneficiava os dois lados. Os ostrogodos precisavam de um lugar para viver, e Zenão I estava tendo sérios problemas com Odoacro, rei da Itália que tinha causado a queda do Império Romano do Ocidente em 476. Ainda que formalmente fosse um vice-rei do imperador Zenão I, Odoacro estava ameaçando territórios bizantinos e não respeitava os direitos dos cidadãos romanos na Itália. Com o encorajamento de Zenão I, Teodorico invadiu o reino de Odoacro.
Teodorico chegou com seu exército à península Itálica em 488, onde venceu a Batalha de Isonzo (489), a Batalha de Milão (489) e a de Adda, em 490. Neste mesmo ano Ravenna foi assediada. O cerco durou três anos e foi marcado por dezenas de ataques de ambos os lados. No final, nenhum dos lados pode prevalecer de forma conclusiva, e assim em 2 de fevereiro de 493, Teodorico e Odoacro assinaram um acordo que garantiu a supremacia de ambos. Um banquete foi organizado para celebrar o tratado. Foi nesse banquete que Teodorico matou Odoacro com as próprias mãos.
Como Odoacro, Teodorico era formalmente apenas um vice-rei para o imperador romano em Constantinopla. Na realidade, ele agia com independência, e o relacionamento entre o imperador e Teodorico era de iguais. Contudo, diferentemente de Odoacro, Teodorico respeitava o acordo que tinha feito e permitia que os cidadãos romanos dentro do seu reino fossem submetidos à lei romana e ao sistema judicial romano. Os ostrogodos, por enquanto, viviam sob suas leis e costumes.
Teodorico foi um governante hábil, que soube conservar o equilíbrio entre as instituições imperiais e as tradições bárbaras. Homem culto, educado na corte de Constantinopla, capital do Império Romano do Oriente, conseguiu ganhar a simpatia da aristocracia romana, cujos privilégios anteriores respeitou, e do povo, que assistia satisfeito à realização de obras públicas para a reconstrução e modernização de Roma. Ao que parece, Teodorico alimentava o projeto de fundar um império godo que impusesse seu domínio sobre o resto do mundo bárbaro. Para isso, manteve contato com outras tribos godas e estabeleceu vínculos familiares com os francos, os vândalos e os burgúndios.
Após sua morte em Ravenna, em 526, Teodorico foi sucedido pelo seu neto Atalarico. Atalarico foi inicialmente representado por sua mãe, Amalasunta, que atuou como rainha regente de 526 a 534.
Não suportando a regência de uma mulher, a educação romana ministrada ao rapaz, o tratamento obsequioso de Amalasunta em relação a Bizâncio, nem tampouco seu espírito conciliador com os romanos, a nobreza gótica decide tirar-lhe o filho e educá-lo segundo os costumes de seu povo.
O jovem, no entanto, não resistiu a isso e morreu em 534. Amalasunta, que queria manter o poder, desposou Teodato, um dos chefes do partido nacional.
Teodato exilou a esposa no lago de Bolsena e ordenou sua morte em 535. O assassinato de Amalasunta foi usado pelo imperador bizantino Justiniano I para não reconhecer a legitimidade do reinado de Teodato e invadir a Itália. A "reconquista" da Itália pelo Império Bizantino levaria quase duas décadas e seria mais destruidora que as invasões bárbaras dos dois séculos anteriores. Esse periodo foi denominado de Guerras Góticas.
A ação bélica iniciou-se com a invasão do sul da Itália. Depois que Belisário, general do Império Romano do Oriente, conquistou Nápoles em 536, Teodato foi entregue ao seu povo godo, que elegeu Vitige como seu sucessor. O novo rei ordenou a morte de seu antecessor.
Em 535, o exército bizantino de Justiniano I tinha conquistado a Sicília sob o comando do general bizantino Belisário que naquele momento estava no sul da península Itálica. Vitige reorganizou o exército e em 537 assediou Roma fazendo cortar todos os aquedutos que levavam água à cidade. Em março de 538, foi obrigado a interromper o assédio para retomar as operações militares no norte da Itália onde o general Giovanni estava rapidamente aproximando-se de Ravenna.
Em 540, Belisário atacou Ravenna, a capital dos ostrogodos. Vitige foi feito prisioneiro e levado a Constantinopla onde morreu sem herdeiros. Seu sucessor foi Ildibaldo, elegido pelo povo.
Ildibaldo reinou somente um ano antes de ser morto por um gépida num banquete no palácio. Ildibaldo era um visigodo, sobrinho de um dos reis visigodos da Espanha. Seu sucessor foi Erarico.
Erarico, um rugio, foi eleito rei dos ostrogodos em junho de 541, depois do assassinato de Ildibaldo. Os godos, porém, cansados e irritados com sua inaptidão e acreditando que ele tivesse feito acordos secretos com os bizantinos, ofereceram a coroa ao sobrinho de Ildibaldo, Totila. Depois de cinco meses de reinado, Erarico foi eliminado por uma conspiração.
O seu objetivo foi a de contrapor-se à política do imperador bizantino Justiniano I, que visava à posse da Itália. Totila teve inicialmente muito sucesso, aproveitando-se do fato que as tropas de Justiniano I no Império Romano do Oriente estavam empenhadas desde 540 em uma guerra contra os sassânidas da Pérsia. Conseguiu notáveis sucessos no campo de batalha assediando e saqueando Alatri em 543, recrutou camponeses para reforçar o exército, e conseguiu conquistar a cidade de Roma por duas vezes (ao fim de 546 e ao início de 550), embora não conseguisse mantê-la por muito tempo.
A primeira vez Totila assediou Roma em 544. Em 17 de dezembro de 546 os guardiões se depararam com o exército ostrogodo e abriram as portas da cidade, consentindo com a invasão. Roma foi depredada e os seus muros destruídos, enquanto os seus habitantes foram perseguidos.
Na primavera de 547, Belisário conseguiu libertá-la, e um segundo assédio de Totila em maio do mesmo ano não teve sucesso. No outono de 549, Totila assediou Roma pela terceira vez, e conseguiu conquistá-la graças a uma nova traição dos guardiões que abriram as portas ao seu exército. A cidade teve poucos sobreviventes e o senado romano se transferiu quase completamente a Bizâncio.
Depois da segunda conquista de Roma, Totila fez uma campanha de propaganda, na qual pôs em confronto o estilo de vida dos ostrogodos no tempo de Teodorico o Grande, com os anos de sofrimento, da guerra e da política fiscal de Justiniano I. Teve menos sucesso com a política exterior, uma vez que não conseguiu fazer aliança com os francos.
Em 551, Justiniano I entregou o comando do exército bizantino ao general Narses, e o mandou a libertar a Itália: as suas tropas entraram na Itália do norte através dos Bálcãs, evitando as linhas defensivas góticas.
Totila então abandonou Roma, levando consigo 300 jovens reféns escolhidos entre as famílias mais importantes da cidade.
Em 30 de junho ou 1 de julho de 552, o exército ostrogodo foi derrotado na Úmbria sob as flechas dos arqueiros do exército de Narses, na Batalha de Tagina (também conhecida como Batalha de Busta Gallorum). Totila morreu em batalha ou durante a fuga, e os ostrogodos se reuniram sob o seu último rei na Itália, Teia.
No seu caminho ao sul da Itália, conseguiu apoio de proeminentes figuras no exército de Totila para fazer seu último ataque contra o general bizantino Narses na Batalha de Mons Lactarius, ao sul de Nápoles, em outubro de 552 ou início de 553. O exército ostrogodo foi derrotado novamente. Teia foi morto. Os sobreviventes se dispersaram ou foram reduzidos à escravidão.
Com esta derrota, a resistência organizada dos ostrogodos terminou. Embora o último nobre ostrogodo, Widin, tenha se revoltado ao norte da Itália, sendo capturado em 561 ou 562, os ostrogodos caíram na obscuridade.
Bem! Como podemos ver todos estes povos nunca foram unidos num propósito de união, sempre se gladiaram entre si em busca pelo poder e dominio sobre outros povos dentro do império Romano, e sendo assim estes representam os dez chifres da besta .
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Até o próximo estudo.