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"Comentários de rodapé do sêfer Torá"

"Comentários de rodapé do sêfer Torá"


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  "COMENTÁRIOS DE RODAPÉ DO SÊFER TORÁ" 

 -Parashá de Nôach-

  

 

 

 

9 – ESTAS SÃO AS GERAÇÕES DE NOÉ; A Torá, em vez de citar os nomes dos seus filhos imediatamente, menciona as qualidades de Noé, para destacar que a verdadeira descendência do homem não são seus filhos, mas sim, as suas boas obras, as quais fazem parte de seu próprio ser. Os atos são os frutos interiores da pessoa. Unidos a ela, mais que qualquer outra coisa, consistem na verdadeira herança que o homem pode deixar neste mundo.

 

11 – E CORROMPEU-SE A TERRA; A Torá descreve o maravilhoso mundo criado por D’us, mas os homens dessa geração eram ruins, e a sua maldade foi a causa da destruição desta maravilhosa obra Divina. De nada valeu a inteligência herdade de Adão depois deste ter comido da árvore da sabedoria; de nada ajudaram as descorbertas no campo da técnica e industria, agricultura, economia e música; ao contrário, dia-a-dia aumentava a sua decadência moral. Com o progresso das descorbertas e civilização, agravaram-se seu orgulho e sua voluptuosidade, e mais eles se aperfeiçoaram na descorberta de intrumentos mortiferos e destrutivos. Um único homem justo, correto e integro dessa geração conseguiu salvar a humanidade inteira da ruina completa.noé demonstrou que o homem tem forças morais suficientes para conservar sua integridade ética em todas as circunstâncias da vida, e não precisa suncumbir às influências malévolas e prejudiciais do ambiente em que vive.( MD)

 

SE ENCHEU A TERRA DE ROUBO – Os sábios interpretam o termo “Chamás” como sendo violência, idolatria, incesto e homicídio. (MD)

 

13- FAREI PERECER – Este versículo nos confronta com a Hashgachá, a Divina Providência, a lei que governa o mundo. A essência e finalidade da criação tinham sido desvirtuadas e a malicia imperava entre os homens. Pelas leis Eternas, uma sociedade corrupta está condenada a desaparecer.

 

14- ARCA – A palavra Tevá aparece na Bíblia em apenas duas únicas situações, e ambas dizem respeito à salvação ligada às águas: por ocasião do Dilúvio, para salvar Noé e sua família – e por extensão, a humanidade -, e com relação a Moisés, para salvá-lo do decreto mortal do Faraó.(E)

 

18 – E ESTABELECEREI A MINHA ALIANÇA – De acordo com o exegeta Obadia Seforno (1470-1550), é uma referência à aliança estabelecida com Noé após o Diluvio (9:8-17), na qual Deus promete não mais destruir o mundo através de um dilúvio.(E)

 

Capítulo 7

 

2 – DE TODO QUADRUPEDE PURO – No capítulo 11 do Levítico e no capítulo 14 do Deuteronômio estão estipulados os animais que são puros e impuros para se comer.

 

De acordo com Rashi, portanto, foi usada aqui uma terminologia futura. (E)

 

QUADRUPEDE QUE NÃO É PURO – A Torá usou as palavras “que não é puro” em lugar de “impuro” para ensinar-nos a empregar uma linguagem refinada em todas as nossas conversas.

 

4 – DEPOIS DE SETE DIAS – O Midrash conta que Noé trabalhou na construção da arca durante 120 anos (vide 6:3). Durante todos estes anos, as pessoas perguntavam o que fazia e ele respondia que um dilúvio estava por vir, na esperança de que se arrependessem de seus atos malévolos e voltassem a trilhar o caminho do bem. Isto não aconteceu e o dilúvio agora era iminente. Como não conseguiu convencer os demais, alguns sábios dizem que Noé era “um homem justo’ apenas naquela geração, mas não o seria na geração de Abraão. Outros alegam o contrário: se foi justo naquela seria ainda mais na outra. (E)

 

SETE DIAS – Rashi comenta que estes sete dias foram em respeito ao bondoso Matusalém, que morreu antes do Dilúvio. (E)

 

6 - E O DILÚVIO FOI ÁGUAS SOBRE A TERRA - A terra estava corrompida, porque os homens haviam corrompido seus caminhos. A natureza, ela própria, tinha que reagir. pois o bem foi o móvel da criação inteira. Segundo a cabalá, o domínio da natureza pelo homem está ligado à prática da justiça e da sua benevolência. Até lá, as águas não se atreviam a invadir a terra, e os astros celestes, que continuamente elevavam e abaixavam as águas, faziam regular os seus limites. Porém, quando a humanidade se desviou do camiho do bem, tudo se pôs contra ela, as águas invadiram a terra. 3

 

13 - NESTE MESMO DIA - No dia fixado pelo Eterno.

 

COM ELES A ARCA - A construção da arca durou varios anos. Deus podia salvar Noé e sua família de outra maneira , evitando este trabalho duro e penoso; porém, a Divina Providência não castiga sem advertência, o que se chama em linguagem talmúdica Hatraá. As dez pragas enviadas, uma a uma, aos egípcios, são um vivo exemplo da generosidade de Deus. Na legislação de Moisés, o testemunho tinha de ser acompanhado da Hatraá. porque, sem ela, não se podia aplicar a pena capital ou a sentença de Malcot (39 chicotadas).

 

20 - QUINZE CÚBITOS - Um cúbito (Amá) equivale aproximadamente a 0,495 metros. As dimensões da arca seriam portanto, de 148,5 x 75 x 14,85 m totalizado 54.579,32 m3 . Cada um dos três níveis tinha 3.675,382 de área, num total de 10.026,13m2. (E)

 

Capítulo 8

 

1 - E LEMBROU-SE DEUS - ignorou o desespero das suas criaturas, como se tivesse "se esquecido" delas. Agora que estava prestes a mostrar Sua misericordia, é como se tivesse "se lebrado" delas. Os exegetas dizem que Noé mereceu a misericordia Divina por ter alimentado os animais durante todos os meses passados na Arca. Os dozes meses passados na Arca ensinaram a Noé e sua família o conceito da convivência. Por força das circustancias, eles readquiriram conceitos e valores que se desgastaram na sociedade e cultura em que viviam. atravéz da experimentaçaõ contínua no cotidiano, lhes ensinou que a vida em comum com outras pessoas só é possível apartir de concessões mútuas e do reconhecimento da existência e das necessidades do próximo. Assim, Deus pos a prova a bondade de Noé. Aprovado no teste, ele adquiriu condição de tornar-se o fundador da segunda humanidade. (E)

 

ESPÍRITO - Este espírito ou vento arrefeceu a fervura das águas, selando as fontes e fazendo retroceder o Dilúvio.(E)

 

4 - NO MÊS SÉTIMO - A cronologia do Dilúvio, segundo o Talmud, é a seguinte: começou no dia 17 do mês de Cheshvan do ano 1656 após a Criação; choveu forte durante 40 dias até 27 de Kislev; mais 150 dias de chuva interminente e estamos em 1 de Sivan, quando parou de chover e as águas começaram a baixar; em 17 de Sivan, a arca pousa nos montes; mais 73 dias e, em 1 de Elul, Noé avista o topo das montanhas; 40 dias depois, em 10 de Tishrê, é aberta a janela e, três semanas depois (1 de Cheshvan), o corvo é enviado; uma semana depois, a primeira pomba; mais uma semana, a segunda pomba; outra semana e a terceira pomba que não volta e, em 27 de Cheshvan do ano 1657, Noé saiu da arca, após 365 dias - um ano solar completo. (E)

 

SOBRE OS MONTES DE ARARAT - No livro de Isaias (37:38) é o nome de um país. Nas Bíblias comuns, Ararat está traduzido por Armênia. O nome Ararat, que se encontra ao leste da Ásia menor, tem aproximadamente 5.000 metros de altitude.

 

5 - DOS MONTES - Querendo ter provas da veracidade do Dilúvio, vários arqueólogos e ciêntistas fizeram expedições à Mesopotâmia e aos montes Ararat, Djudi, Nesir etc. As descorbertas, em 1828, nas cidades de Ur e Kish, revelaram uma camada de barro e de areia fina misturada a conhas de água doce. Isto representava, segundo eles, o "nivel do Dilúvio".

 

Em 1863, foram encontradas inscrições na antiga cidade de Nínive, e uma delas continha a narrativa caldeana de um Dilúvio. A versão assíria da Rpopéia de Gilgamesh, encontrada também em Nínive, e a versão sumeriana proveniente do Nipur, falam igualmente de um Dilúvio. (Vide La Bíble a dit vrai cap. II de Ch. Marston). Porém, a fé judaica em tudo o que escreve a Bíblia, é imquebrantável; e diremos de passagem que vários Dilúvios e inundações em forma de cataclismos ocorreram na história da humanidade, como na Grécia antiga, na Índia, no Tibete etc.; porque, pois, duvidar do grande Dilúvio do tempo de Noé?

 

E SENTIU O ETERNO O CHEIRO DE SUAVIDADE - Esta expressão, empregada em linguagem humana e que se repete muitas vezes na Torá, indica que Deus recebe com agrado a oferenda (Vide Onkelos e Yonatan ben Uziel).

 

MAU DESDE SUA MOCIDADE - O Talmud discute se o homem nasce com maus impulsos ou se eles são produto do mundo que o cerca, chegando a conclusão de que ele não nasce com tendências ou impulsos, e sim que estes são resultado de sua conduta, ou de influências recebidas, e não consequência de sua própria natureza. Os sábios acrescentam ainda que os preceitos (Mitsvót) e ensinamentos da Torá são uma espécie de antídoto, cuja finalidade é purificar e refinar o ser humano, libertando-o dos impulsos negativos de seu coração.

 

Em sua obra Doutrina dos Deveres do Coração, o sábio Bachia Ibn Pakuda ensina que "Acharê Hamaassim Nimshachim Halevavot" (O coração é influênciado pelas atitudes do ser humano). Quando conseguimos educar nossa mente e nosso corpo, criando limites e parámetros para nossa gula, cobiça, inveja, luxuria, sede de riqueza e poder, ao invéz de simplesmente erradicá-los, estamos disciplinando nosso ser de forma construtiva, sem violentá-lo ou exigindo dele algo contra sua própria natureza. Ao invéz de proibir, a Torá prefere, normalmente regulamentar, limitar e, assim, educar. (E)

 

 

CAPÍTULO 9

 

4 - CARNE - As leis da Torá ainda não tinham sido reveladas e Deus ordenou a Noé e aos seus descendentes que respeitassem os sete mandamentos seguintes, conhecidos como Shéva Mitsvót benê Nôach ( Os Sete Preceitos dos Descendentes de Noé ): praticar a equidade; não blasfemar o nome de Deus; não praticar idolatria, imoralidades, assassintos e roubos, e não tirar e comer o membro de um animal estando ele vivo (San 'Hedrin 56).

 

5 - VOSSO SANGUE DE VOSSAS ALMAS REQUEREREI - Aqui se condena o suicídio, seja com derramamento de sangue ou por outros meios, como enforcando-se,  a requererei - Deus havia deixado que os animais comessem os homens antes do Dilúvio, por causa da perversidade deles (dos homens). Mas, depois do Dilúvio, se um animal matasse um homem, deveria morrer (Vide a lei de um boi que mata um homem, em Êxodo 21:28-32). a alma do homem - Ao homem que mata voluntariamente sem testemunhas, Deus lhe pedirá conta.

 

7 - E VÓS, FRUTIFICAI, E MULTIPLICAI-VOS - Rashi, citando o Midrash, liga os versículos 6 e 7, concluindo que "todo aquele que se dedica a construir uma família é equiparado ao homem que provoca derramamento de saangue".

 

13 - ARCO ÍRIS - O fato de Deus utilizar um fenômeno natural como sinal de seu pacto é porque as leis da natureza devem lembrar às pessoas que é Ele, Deus, quem comanda a natureza. O rabino Hirsch afirma que o arco-íris é o símbolo eterno de que, não importa quão desolador o futuro possa parecer, Deus sempre liderará a espécie humana ao seu objetivo final. (E)

 

20 - HOMEM (DONO) DA TERRA -  A versão aramaica traduz esta palavra por "lavrador", mas o exegeta Rashi a traduz como "senhor".

 

E PLANTOU VINHA - Noé poderia ter começado a plantar algo mais proveitoso que a videira, cujo fruto convertido em vinho e tomado em exesso, provoca tantas desgraças.

 

E EMBRIAGOU-SE - O Midrash aproveita o fato da embriaguez de Noé para advertir os homens das concequências do alcoolismo. Quando Noé plantou a vinha, o Satán quiz associar-se a este trabalho e Noé consentiu. O astuto trouxe um cordeiro, um leão, um porco e um macaco, imolou-os e regou com sangue a terra da planta. O carater dos animais não tardou a manifestar-se em Noé e em seus descendentes depois de ingerir a bebida. Bebendo um copo, o homem é manso como um cordeiro, no segundo copo, crê-se forte como um leão, declarando que não há igual a ele no mundo. após o terceiro copo, deita-se como o porco e, continuando a beber, não tarda a praticar insanidades e palhaçadas como o símio (Midrash Tanchumá, Noé 13).

 

22 - E O CONTOU - Ao invéz de dissimular a falta de seu pai e de cobri-lo.

Segundo o Talmud, Canaã, filho de Ham, participou deste evento, que incluiu um ato de perversão sexual; dai a maldição de Noé ser contra ele. (E)

 

24 - SEU FILHO MAIS MOÇO - Com efeito, Ham era o menor dos filhos de Noé e Jafet era o maior (Vide Rashi, versículo 21).

 

27 - HABITE EM TENDAS DE SEM - A relação entre Jafet e Sem está diretamente relacionada com o intelécto e a espiritualidades humanos. Jafet foi abençoado com beleza e sensibilidade. Sem foi abençoado com santidade e Presença Divina. A benção de Noé determina que o dom de Jafet só terá importância e beleza se colocado  serviço da verdade espíritual representada por Sem. juntos, representam a perfeição que Noé vislumbrou; separados, são a tragédia que preenche a história da humanidade. (E)

 

29 - OS DIAS DE NOÉ - Noé nasceu no ano 1056 da Criação (o Dilúvio ocorreu no ano 1056) e faleceu em 2006, dez anos depois da Dispersão. Abrahão nasceu em 1948 e tinha 58 anos quando da morte de Noé. De acordo com Dom Issac Abravanel (1437-1508), houve uma tradição oral que passou apenas por quatro pessoas: Adão, Lémech, Noé e Abrahão. 

De forma similar, Moisés conheceu Kehat, que conheceu o patriarca Jacob que, por sua vez conviveu com seu avô Abrahão durante os quinze primeiros anos de sua vida - o que completa uma cadeia de sete elos entre Adão e outorga da Torá no monte Sinai no ano 2448 da Criação. (E)

 

CAPÍTULO 10

 

9 - VALENTE CAÇADOR - Rashi e a maioria dos comentaristas interpretam esta expressão figurativamente: Nimrod convência os homens com palavras enganosas e os incitava a rebelar-se contra Deus. Ele foi o precursor do hipócrita que se reveste com os mantos da piedade a fim de enganar as massas. (E)